
DANIEL SILVEIRA 20/02/2021 A lista da vergonha
364 deputados assinaram o atestado de óbito da democracia
Macron, tão diligente em prol da salvação do ‘pulmão do mundo’, se meteu a fazer críticas ao governo Bolsonaro, numa campanha junto aos participantes da União Europeia.
Sem ser chamado, diga-se en passant. O gesto gentil de Macron pode ser retribuído à altura pelos brasileiros lembrando ao dirigente socialista que deve primeiro cuidar de sua própria casa -que não vai nada bem- antes de sair pelo mundo criticando outros presidentes sem conhecimento algum de causa.
Macron parece não saber nada da Amazônia. E pior, parece não conhecer o próprio país que supostamente governa, a França.
Desde 2018, os gilet jaunes (coletes amarelos) saem às ruas protestando sistematicamente contra seu governo.
Insatisfeitos inicialmente com o preço dos combustíveis -graças a uma política corretinha de Macron contra produtos fósseis, coisa ecologicamente bonitinha mas ineficaz- as manifestações foram crescendo e hoje, pela 47ª vez, já representam uma insatisfação generalizada do povaréu francês contra o custo de vida.
E pela destituição de Macron do governo.
O gajo tem um alto índice de reprovação, 68% dos franceses querem que pule fora.
Mas Macron consegue aí uma façanha maior: é detestado tanto pela direita quanto por seus próprios coleguinhas de esquerda.
A princípio um movimento apartidário, os coletes amarelos hoje unem na mesma panela de reprovação ao presidente tipos como a líder de extrema direita Marine Le Pen e o chefe da coligação de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon.
Uma façanha que poucos conseguiram no mundo.
A interpretação óbvia é que tem que ser mesmo muito ruim pra conseguir isso.
Qualquer semelhança com os últimos meses de governo do poste sem luz de luladasilva, dilma roussef, enfrentando no Brasil a sociedade insatisfeita nas ruas desde 2013 não é mera coincidência. Mais do que isso, é a consequência clara do que o mundo inteiro já conhece muito bem: a incompetência dos socialistas -loucos por poder- em governar e gerenciar suas próprias casas.
Mas são muito bons em meter a boca nos governos alheios.
São excelentes em detectar o erro dos outros mas não conseguem evitar o erro em seus próprios governos.
Basta lembrar, no caso da Amazônia, que das áreas florestais da Europa restam pouco mais de 1%. O resto foi dizimado.
Finalmente, neste sábado, 21, Macron apelou e colocou nas ruas 7,5 mil homens das forças de segurança para reprimir na marra os coletes amarelos.
A polícia mandou alegremente gás lacrimogêneo pra cima dos gilet jaunes, em Paris, e fez 90 prisões.
Cumpre fielmente o rito das ‘democracias socialistas’: se não funciona na conversa mole funciona debaixo de pau mesmo.
Vide maduro. Ou castro. Ou… Macron tem outro tique nervoso característico dos socialistas de plantão, o de meter o bedelho onde não são chamados.
Então fica o conselho:
Cuida primeiro da tua casa, Macron.
publicitário, artista plástico e cidadão
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